
Planicies e planaltos
Montanhas e vales
Mares e oceanos
Rios e lagoas
A beleza natural espelhada
em raios primaveris
de côres profundas e intensas
Homens e Mulheres
Crianças e Adolescentes
Seres que nascem e morrem
Numa missiva própria e destinada
A Beleza pura reflectida
em raios ofuscantes
de côres mirabólicas e sonantes
Quem somos nós afinal,
se nem me conheço a mim?
Se dúvido da minha existência,
e questiono a realidade?
Perguntas sem resposta,
fundamentadas num vazio,
de uma alma que sucumbe
no passar vagoroso dos dias!
Uma vida sem vida
completamente vazia
sem rigorosamente nada!
Se não tenho nada
e o nada é a minha existência
como posso acreditar em mim?
Quanto mais nos outros?
Perdi as faculdades mentais!
Não sei destinguir a noite do dia!
Se está frio ou quente,
apenas por ser diferente!
Aplaudo intensivamente à minha Morte
Espero que ela seja eficaz e dormente
que não seja indolente e perca a compaixão
esse sentimento que não acredito existir
Sentimentos e emoções
Alegrias e tristezas
Coisas puramente banais
que não tem sentido algum
Afinal o que é que me rodeia?
O que rodeia aquilo que não existe?
Ou será que até o inexistente tem vida?
Será que tem sentimentos, que respira?
E sente também dôres e mágoas?
05/12/2003
Marco Santos
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Jules Renard